mercredi, mai 07, 2003

Escrever. Escrever para não pirar, ou escrever para fugir e enlouquecer de vez. Talvez por isso não devesse estar aqui, no meu exercício diário de fazer drama por uma coisa qualquer.
Eu tenho um cotidiano de estresse familiar. Eu tenho uma mãe, que é o único parente a conviver comigo. É ponto pacífico que tentaríamos nos enlouquecer uma à outra, exercendo com talento a sordidez familiar, sem mediadores nem testemunhas. Desde quando nos odiamos? Até quando nos odiaremos?

mardi, mai 06, 2003

Pronto. Já deu o que tinha que dar. Agora estou aqui, e se tenho ou não uma bússola, pouco importa.
http://festamovel.blogspot.com

jeudi, mai 01, 2003

A luz de uma linda manhã penetram no meu quarto pela janela, enquanto ouço uma linda música do Portishead, neste 30 de abril de um outono calorento. Hoje eu já sou uma mulher de 25 anos, transpus essa porta do quarto de século (e quem há de transpor a porta do meu quarto? não sei), e tive uma festa coletiva, já que minha agora amiga K. também aniversaria em 29 de abril. Havia quatro velas no maravilhoso bolo, um par de 25, e outro de 26, e as sopramos ao mesmo tempo. A coisa toda foi muito fofa e divertida, e meu desejo ao cortar o bolo foi bem simples e baseado apenas nas mais puras necessidades. Normalmente não sou uma pessoa de sorte, mas espero que ontem ela tenha mesmo que invisivelmente sorrido para mim. Acho que a única dessas crendices de pedidos que deram certo foi o que fiz com a fitinha do Nosso Senhor do Bonfim, que simplesmente desatou os três nós, depois de quase um ano, sem que ela tivesse arrebentado, e meu desejo se tornou realidade.
Mas nem tudo foi alegria, pois minha mãe estava no hospital, sentindo coisas que não culminaram em diagnóstico algum. Fiquei preocupada com ela, pois agora ela é a única que me resta.
Agora vou mergulhar na Paris de Edmund White, a bicha mais chiquérrima do mundo editorial.