Estou com uma vontade inédita, que certamente será realizada mais tarde. Uma vontade não sentida há muitos anos, e o que me impede de realizá-la agora, que tenho 24 anos e com essa idade às vezes me sinto uma velha ermitã isolada? Bom, a vontade que tenho é de colocar detergente num copinho com água e fazer bolinhas de sabão. O carnaval se aproxima e já na minha cabeça começa uma folia. Folie, melhor dizendo, me deixando folle.
Às vezes também tenho de agredecer meu bem estar a pessoas que não conheço, como Marcos Leite e Samuel Kerr, revolucionadores do canto coral. Às vezes basta Villa Lobos, mas ele é cansativo. Em outras vezes, Marlui Miranda, que está me fazendo pegar gosto pelos cantos indígenas.
Hoje estou sem propósito, dispersa em muitos fragmentos. Ontem tinha escrito um post que esqueci de salvar, um post despropositado como este, mas com Fernando Pessoa, o que o tornava especial. E hoje não há nada, só o calor, só o sol (isso deveria ser muito e tudo) e o desejo. Mas não aquele, nem este. Um desejo de flanar apenas com a alma. E por isso, não me prendo mais aqui e vou-me, fazer bolinhas de sabão.
jeudi, février 27, 2003
mercredi, février 26, 2003
Eu e minha compulsão por bandas italianas. Mentira, só conheço mesmo Lunapop, e olhe lá. Uma coisa eu digo: o calor europeu é bem mais suportável que esse, e igualmente gostoso. Mas agora lá é inverno. Nunca experimentei nem um inverno caxiense, que dirá um inverno europeu. Mas sei que minha hora chegará um dia, já que fiz certo de ter ido no verão, mesmo.
Olha que metáfora perfeita. Estava na rua, justamente pensando nas porradas que a vida nos dá, quando do nada, surgiu de cima de um muro uma bola de borracha e me atingiu os ombros ardidos de sol. O muro era da EMEF "Leonor Mendes de Barros", onde aliás estive aos 4 e 5 anos de idade. Como a culpa definitivamente não era dos guris, afinal de contas, eles não me viam e pra que eu também tinha de estar passando ali, àquela hora, peguei a bola e a joguei por cima do muro. Era pra devolver, mas se caiu na cabeça de um deles, bem feito.
Madrugada passada chorei horrores. Poemas e coisas assim são foda. Tem sempre um que dispara o gatilho da nossa lembrança, da culpa, de seja lá o que for. E me mandaram um que simplesmente era toda a minha lembrança em claras palavras. E eu não parei de chorar. Mas passou. Vou agüentar, espero, não me lembrar de mais nada e viver minha vida com a tranquilidade que consigo encontrar às vezes. Mas se há um filme que é o filme da minha vida, este é "Magnolia".
A quem estou enganando? Continuo na superfície de uma fossa abissal, à deriva, sempre e sempre. Mas pelo menos eu tento.
O bom de estar queimadíssima é que a pele fica quente, e quando uma brisa entra pela janela e me atinge, ela é muito mais gostosa. Depoimento: Eu estou amando o blog da Diana Zeit. Ele é cinza, melancólico, denso, tudo o que eu não quero que meu blog seja mais, e uma coisa eu percebo, que por pior que nos sintamos quando escrevemos coisas assim, é sempre uma boa experiência lê-las de outras pessoas. Seja o que for que causa a melancolia de Diana, o resultado é uma prosa lindíssima que espero que sirva para, ao menos, deixar-lhe as coisas bem mais claras. Pelo menos pra mim, escrever é o que me permite não me acabar em generosas doses de um anti-depressivo qualquer. Eu não sei se não preciso, mas...
E quanto à minha baiana preferida, eu acho que ela deveria ter um blog também... nem que fosse só para eu ler...rs.
Olha que metáfora perfeita. Estava na rua, justamente pensando nas porradas que a vida nos dá, quando do nada, surgiu de cima de um muro uma bola de borracha e me atingiu os ombros ardidos de sol. O muro era da EMEF "Leonor Mendes de Barros", onde aliás estive aos 4 e 5 anos de idade. Como a culpa definitivamente não era dos guris, afinal de contas, eles não me viam e pra que eu também tinha de estar passando ali, àquela hora, peguei a bola e a joguei por cima do muro. Era pra devolver, mas se caiu na cabeça de um deles, bem feito.
Madrugada passada chorei horrores. Poemas e coisas assim são foda. Tem sempre um que dispara o gatilho da nossa lembrança, da culpa, de seja lá o que for. E me mandaram um que simplesmente era toda a minha lembrança em claras palavras. E eu não parei de chorar. Mas passou. Vou agüentar, espero, não me lembrar de mais nada e viver minha vida com a tranquilidade que consigo encontrar às vezes. Mas se há um filme que é o filme da minha vida, este é "Magnolia".
A quem estou enganando? Continuo na superfície de uma fossa abissal, à deriva, sempre e sempre. Mas pelo menos eu tento.
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O bom de estar queimadíssima é que a pele fica quente, e quando uma brisa entra pela janela e me atinge, ela é muito mais gostosa. Depoimento: Eu estou amando o blog da Diana Zeit. Ele é cinza, melancólico, denso, tudo o que eu não quero que meu blog seja mais, e uma coisa eu percebo, que por pior que nos sintamos quando escrevemos coisas assim, é sempre uma boa experiência lê-las de outras pessoas. Seja o que for que causa a melancolia de Diana, o resultado é uma prosa lindíssima que espero que sirva para, ao menos, deixar-lhe as coisas bem mais claras. Pelo menos pra mim, escrever é o que me permite não me acabar em generosas doses de um anti-depressivo qualquer. Eu não sei se não preciso, mas...
E quanto à minha baiana preferida, eu acho que ela deveria ter um blog também... nem que fosse só para eu ler...rs.
mardi, février 25, 2003
Ah, como eu sentia saudade daqui! Bem... melhor parar de mentir. Não estive nem um pouco inspirada a escrever aqui nos dias anteriores. Mas vejamos... hoje estou? Não sei. Estou é queimadíssima de sol. Só os braços e os ombros. Vergonhoso. E o rosto também. Estou um camarão. É nisso que dá passar a manhã inteira e o começo da tarde num paraíso do litoral chamado Bertioga. Fui entregar um currículo num lugar onde mal lembraram que haviam conversado comigo na quinta passada. Ficaram com aquela cara de "o que essa louca está fazendo aqui nesse fim de mundo"? Eu também me pergunto, dada a cara deles. Mas enfim, entreguei, conversei e quando eles tiverem uma vaga (e eu achando que havia duas, mas tudo bem) vão me chamar. I hope so, porque não fiz quatro anos de faculdade a esmo. Pelo menos dar uma boa revisada naqueles textos ruins que li, eu posso. Em Bertioga também trabalha o meu irmão mais novo, e parte dessa queimadura de segundo grau foi ganha andando do jornal até à prefeitura, mas pelo menos bebi uma água, comi um pudim de leite e respirar o puro ar condicionado. Nunca vi uma prefeitura mais ecológica. Lá, eles não gastam dinheiro com máquinas de podar, aparadores de grama, etc. Eles mantêm cerca de uns 10 cabritinhos, que são soltos durante o dia pra comer todo o mato excedente. Genial, não? Também achei. Esse irmão mais novo nem parece que há anos atrás era meu maior inimigo, o anti-social que não nos olhava na cara, e tal. Será preciso um pai morrer para que certas coisas mudem? Talvez sim. Talvez com a morte de um patriarca certas máscaras caiam. Pra bem e pra mal, que é o que estou vendo acontecer à minha volta. Na volta de lá, fui a uma lanchonetezinha cool, comi um croissant e tomei um Ades... mas nesse meio tempo surgiu um garotinho loiro que me ofereceu um filhotinho de vira-lata que ele encontrou na rua, quase atropelado, e com sede, muita sede. Ele fez por mim o que minha mãe não quis fazer: oferecer-me a permanente companhia de um amigo canino e minorar o isolamento do qual não quero sair, pelos humanos. Eu queria muuuuuuito um cãozito lindo daqueles. Buá.
Já meu fim de semana (querido diário) foi cool. Consegui dar uma pausa para um chopinho (para uma Bohêmia, que é a única cerveja de que gosto), para as surreais conversas com R. e nossas risadas escandalosas, e para a nossa aparência de casal hetero, sendo que tudo o que, solteiríssimos, queremos, é ele, um gatinho, e eu, um gatinho ou uma gatinha...rs. Fato é que havia uma lindíssima no bar, mais alta que eu, cabelos curtos e pretos, um olhar luminosíssimo de diva dos anos 50, um deslumbrante colo à mostra e um gestual muito autêntico. Até fiquei esperançosa, pois ela lançou uns olharezinhos na minha direção... mas enfim, estava conversando com uma mocinha e saíram juntas. Para ela estar me olhando, presumo poderiam não ser nada além de amigas, mas foram embora juntas, fazer o que? Fato é que as batatinhas estavam ótimas, as conversas, absurdas, o Free Ultra Light me deixava tonta (a partir disso, pode-se imaginar que tipo de estrago um baseado causaria em mim? Melhor não tentar, pra que?), e voltei para casa alegrinha e achando a vida muito divertida. Divertida seria se eu conseguisse qualquer emprego ao qual pleiteio.
Já meu fim de semana (querido diário) foi cool. Consegui dar uma pausa para um chopinho (para uma Bohêmia, que é a única cerveja de que gosto), para as surreais conversas com R. e nossas risadas escandalosas, e para a nossa aparência de casal hetero, sendo que tudo o que, solteiríssimos, queremos, é ele, um gatinho, e eu, um gatinho ou uma gatinha...rs. Fato é que havia uma lindíssima no bar, mais alta que eu, cabelos curtos e pretos, um olhar luminosíssimo de diva dos anos 50, um deslumbrante colo à mostra e um gestual muito autêntico. Até fiquei esperançosa, pois ela lançou uns olharezinhos na minha direção... mas enfim, estava conversando com uma mocinha e saíram juntas. Para ela estar me olhando, presumo poderiam não ser nada além de amigas, mas foram embora juntas, fazer o que? Fato é que as batatinhas estavam ótimas, as conversas, absurdas, o Free Ultra Light me deixava tonta (a partir disso, pode-se imaginar que tipo de estrago um baseado causaria em mim? Melhor não tentar, pra que?), e voltei para casa alegrinha e achando a vida muito divertida. Divertida seria se eu conseguisse qualquer emprego ao qual pleiteio.
jeudi, février 20, 2003
Ouço a lindinha da Dido nessa manhã que se aproxima de um meio-dia feito de sol radiante, nuvens espessas e um vento daqueles de quando a gente abre o forno pra ver se o bolo já está bom. Esse vento, chamamos aqui no litoral de "noroeste", mas eu, que morei no noroeste do Estado, em Bauru, constatei que não sei realmente de onde vem esse vento. O fato é que meu pijama novo de seda minora um pouco essa sensação de calor abafado, e dá ainda uma consistência de sonho ao meu dia tão dolorosamente palpável.
Sonhos, há quanto tempo, hein? Tive um daqueles sonhos rocambolescos, surreais, intermináveis e incompreensíveis, de quase sempre. Vou começar de onde me lembro, embora nunca me lembre dos meus sonhos em seqüência. Sonhei com o cadáver do meu pai no necrotério. A investigação de sua morte corria como um episódio de CSI. Ao invés do real infarto, parece que ele tinha morrido com um sorvete enfiado na cabeça (e só nos meus sonhos mesmo, um sorvete é duro o suficiente para atravessar um crânio). Eu não tinha coragem de ver, enfim. Mas além desse sorvete estar na cabeça do meu pai, ele tinha sido borrifado com algum tipo de veneno, o qual os legistas estavam testando em uma bancada de laboratório. A cena corta para dentro de um carro marrom que suspeitei ser um Dodge. Eu estava dentro do Dodge com uma mulher e uma criança. E a criança, aos poucos, começava a passar muito mal, apesar de ser ela que dirigia o carro. Paramos o carro na estrada, chamamos uma ambulância, e a mulher e o menino se foram (lembrei também, que antes do meu pai morrer com o sorvete na cabeça, era Natal em casa e estavam aqui ele e o meu irmão mais novo, sendo que eu e minha mãe quebrávamos um pau antológico, porque ela tinha mudado tudo no meu quarto de lugar, e alegava que a casa era dela e ela fazia o que queria - ela alega esse tipo de coisa sempre - eles se solidarizavam comigo, mas não adiantou muito. Afinal, ela me ofereceu algum dinheiro, que deduzi ser para que eu me fosse dali, e peguei o dinheiro e me fui). Estava, portanto, sozinha na estrada, numa tarde de verão. Comecei a andar em direção a não sei o que, seguindo a avenida marginal, e fui parar em um posto de beira de estrada, diante do qual havia um ponto de ônibus. Mas, depois de um tempo lá, reparei que estava no sentido errado da estrada. Melhor seria voltar para São Paulo, e dali pegar um ônibus para Curitiba. Apesar de achar que havia dormido muito, ainda talvez houvesse tempo para interceptar algum ônibus que já estivesse no caminho. Atravessei a estrada, e passei a andar em busca de outro posto, com outro ponto. Mas me desviei: comecei a subir uma colina, de onde via uma estranha ponte, ao longe. E de repente o menino que passara mal estava de volta. E ambos, sem que nos déssemos conta, procurávamos a mulher que estivera no carro conosco. Deitamo-nos na relva e começamos a ler poesia. E aí acordei. Ando mesmo tendo sonhos estranhos e fugazes, talvez por conta da persiana da janela do meu quarto ter quebrado, e eu só dormir de janela muito aberta, com a luz da manhã entrando pelo meu quarto.
Blógue novo por aqui. É o de Diana Zeit (Zeitung, Zeitgeist... essas coisas alemãs acerca do tempo são realmente interessantes), "Contra o tempo". Parece que mantém a linha dos blógues confessionais e profundamente melancólicos. E eu gosto, nem Deus sabe como.
Sonhos, há quanto tempo, hein? Tive um daqueles sonhos rocambolescos, surreais, intermináveis e incompreensíveis, de quase sempre. Vou começar de onde me lembro, embora nunca me lembre dos meus sonhos em seqüência. Sonhei com o cadáver do meu pai no necrotério. A investigação de sua morte corria como um episódio de CSI. Ao invés do real infarto, parece que ele tinha morrido com um sorvete enfiado na cabeça (e só nos meus sonhos mesmo, um sorvete é duro o suficiente para atravessar um crânio). Eu não tinha coragem de ver, enfim. Mas além desse sorvete estar na cabeça do meu pai, ele tinha sido borrifado com algum tipo de veneno, o qual os legistas estavam testando em uma bancada de laboratório. A cena corta para dentro de um carro marrom que suspeitei ser um Dodge. Eu estava dentro do Dodge com uma mulher e uma criança. E a criança, aos poucos, começava a passar muito mal, apesar de ser ela que dirigia o carro. Paramos o carro na estrada, chamamos uma ambulância, e a mulher e o menino se foram (lembrei também, que antes do meu pai morrer com o sorvete na cabeça, era Natal em casa e estavam aqui ele e o meu irmão mais novo, sendo que eu e minha mãe quebrávamos um pau antológico, porque ela tinha mudado tudo no meu quarto de lugar, e alegava que a casa era dela e ela fazia o que queria - ela alega esse tipo de coisa sempre - eles se solidarizavam comigo, mas não adiantou muito. Afinal, ela me ofereceu algum dinheiro, que deduzi ser para que eu me fosse dali, e peguei o dinheiro e me fui). Estava, portanto, sozinha na estrada, numa tarde de verão. Comecei a andar em direção a não sei o que, seguindo a avenida marginal, e fui parar em um posto de beira de estrada, diante do qual havia um ponto de ônibus. Mas, depois de um tempo lá, reparei que estava no sentido errado da estrada. Melhor seria voltar para São Paulo, e dali pegar um ônibus para Curitiba. Apesar de achar que havia dormido muito, ainda talvez houvesse tempo para interceptar algum ônibus que já estivesse no caminho. Atravessei a estrada, e passei a andar em busca de outro posto, com outro ponto. Mas me desviei: comecei a subir uma colina, de onde via uma estranha ponte, ao longe. E de repente o menino que passara mal estava de volta. E ambos, sem que nos déssemos conta, procurávamos a mulher que estivera no carro conosco. Deitamo-nos na relva e começamos a ler poesia. E aí acordei. Ando mesmo tendo sonhos estranhos e fugazes, talvez por conta da persiana da janela do meu quarto ter quebrado, e eu só dormir de janela muito aberta, com a luz da manhã entrando pelo meu quarto.
Blógue novo por aqui. É o de Diana Zeit (Zeitung, Zeitgeist... essas coisas alemãs acerca do tempo são realmente interessantes), "Contra o tempo". Parece que mantém a linha dos blógues confessionais e profundamente melancólicos. E eu gosto, nem Deus sabe como.
mardi, février 18, 2003
Fim do horário de verão, folks. Finalmente. Na manhã de ontem, vi uma coisa muito bonita. Não consegui dormir, sabem? Não deu... fiquei sonhando acordada e conversando com meu diabo e meu anjo. E como o horário de verão acabou, a aurora veio mais cedo e ela foi linda e rosada, tão bonita quanto um poente. E logo depois, em meio ao rosa do céu, as nuvens cinzas que estavam bem acima da minha cabeça começaram a chover. E conforme os minutos iam passando, a chuva aumentava e o rosa sumia e depois só sobrou uma chuva torrencial que tornou tudo muito gostoso de ser abraçado, querido e dormido. Pois eu dormi tudo à minha volta. Dormi minha cama, meu travesseiro, dormi a saudade no meu corpo e dormi a mim mesma com o barulho da chuva que teve um ar primaveril. E meu demônio e meu anjo abraçaram-se e dormiram também.
E o Cápsula já estreou. Não sei se foi muito barulho por nada, mas espero que esse primeiro número tenha ao menos despertado o interesse de quem o assinou. Eu assinei (rs). Vocês não? Estou numa fase inspirada. Não só no blog (enfim, nem sei se pareço inspirada aqui, whatever), mas também para escrever outros textos, em outros lugares, inspirada por certas coisas do mundo. A pior fonte de inspiração, admito, é a iminente guerra, mas acredito que é uma fonte de boa inspiração, sobretudo quando estamos inclinados a usar nossas palavras para estimular a reflexão acerca dessa infinita estupidez. Mas creio que tanta coisa esteja sim, surtindo efeito. É só ligar a TV e ver o quanto em todo mundo, as pessoas estão se reunindo para marchar e protestar. E não pensem que isso também não ocorre nos próprios EUA. Ocorrem sim, mas sua media que nada mais é do que um mal disfarçado instrumento da propaganda deles (lembram-se do DIP? Nem eu, mas deveríamos) não tem a dignidade de mostrá-los. O que podemos fazer é insistentemente nos inflamarmos contra isso. Seja com um texto ali, outro aqui, uma nudez esporádica, uma cartolina qualquer, mas que sejamos todos a fazê-lo de alguma maneira. Ou então, sejamos poetas. Vão lá no Hiperfocus saber como...
E o Cápsula já estreou. Não sei se foi muito barulho por nada, mas espero que esse primeiro número tenha ao menos despertado o interesse de quem o assinou. Eu assinei (rs). Vocês não? Estou numa fase inspirada. Não só no blog (enfim, nem sei se pareço inspirada aqui, whatever), mas também para escrever outros textos, em outros lugares, inspirada por certas coisas do mundo. A pior fonte de inspiração, admito, é a iminente guerra, mas acredito que é uma fonte de boa inspiração, sobretudo quando estamos inclinados a usar nossas palavras para estimular a reflexão acerca dessa infinita estupidez. Mas creio que tanta coisa esteja sim, surtindo efeito. É só ligar a TV e ver o quanto em todo mundo, as pessoas estão se reunindo para marchar e protestar. E não pensem que isso também não ocorre nos próprios EUA. Ocorrem sim, mas sua media que nada mais é do que um mal disfarçado instrumento da propaganda deles (lembram-se do DIP? Nem eu, mas deveríamos) não tem a dignidade de mostrá-los. O que podemos fazer é insistentemente nos inflamarmos contra isso. Seja com um texto ali, outro aqui, uma nudez esporádica, uma cartolina qualquer, mas que sejamos todos a fazê-lo de alguma maneira. Ou então, sejamos poetas. Vão lá no Hiperfocus saber como...
dimanche, février 16, 2003
Sei que agora serei malhada por um certo português, ao ouvir Yann Tiersen... rs. Mas é o que estou ouvindo, tive vontade, afinal. O calor voltou a ser dos mais abrasadores, mesmo assim, não é nada que uma garrafa de água gelada e um vestidinho curto de botões na frente não resolva. Os passeios valeram a pena, pude conversar um pouco com N., embora da próxima vez, vou fazê-la ficar aqui em casa.
Acordei cedo, hoje. Uma das vantagens da volta do horário de inverno. Tive de ver minha mãe chorando com saudade do meu pai. E dessa vez também tive de segurar o choro, pois a saudade é grande. Tento acreditar naquela peça que pregam às crianças... "teu pai foi viajar"... enquanto o tempo normal de uma viagem não se expira, não sinto tanto sua falta física, afinal já fiquei meses e meses sem vê-lo. Mas e quando derem 4, 5 ou 6 meses? Onde estará ele senão dentro de mim?
Em relação ao certo português, ele faz parte de uma banda que só tem uma demo, e mesmo assim vale a pena por sua densidade e riqueza harmônica: Cais de Veludo. Também adorei o nome, e adoro que nossa língua possa ser aquela que tem uma riqueza enorme, ainda mais intensificada pelas vertentes da Europa, América, África e Ásia. É triste considerar o português como uma língua periférica, mas enfim. São eles, os senhores da Guerra, que andam achando que mandam (e mandam, hélas) no mundo, ainda que ontem tenha havido plenas e numerosas manifestações em todo o mundo. A verdade é que há gente que não se permite omitir e isso é bom. Enquanto isso na nossa periferia lingüística, o nome Cais de Veludo me remete a coisas lusamente prazerosas, como o frio da noite e o quente do interior de uma biblioteca, algo assim. Mas cá estou, no Brasil e o que me circunda é um ar morno e úmido, um céu azul de brigadeiro e o cheiro da maresia.
Alguém gosta do Mochilão MTV? Eu gosto, e não é só por causa da Fernanda Lima...rs.
Acordei cedo, hoje. Uma das vantagens da volta do horário de inverno. Tive de ver minha mãe chorando com saudade do meu pai. E dessa vez também tive de segurar o choro, pois a saudade é grande. Tento acreditar naquela peça que pregam às crianças... "teu pai foi viajar"... enquanto o tempo normal de uma viagem não se expira, não sinto tanto sua falta física, afinal já fiquei meses e meses sem vê-lo. Mas e quando derem 4, 5 ou 6 meses? Onde estará ele senão dentro de mim?
Em relação ao certo português, ele faz parte de uma banda que só tem uma demo, e mesmo assim vale a pena por sua densidade e riqueza harmônica: Cais de Veludo. Também adorei o nome, e adoro que nossa língua possa ser aquela que tem uma riqueza enorme, ainda mais intensificada pelas vertentes da Europa, América, África e Ásia. É triste considerar o português como uma língua periférica, mas enfim. São eles, os senhores da Guerra, que andam achando que mandam (e mandam, hélas) no mundo, ainda que ontem tenha havido plenas e numerosas manifestações em todo o mundo. A verdade é que há gente que não se permite omitir e isso é bom. Enquanto isso na nossa periferia lingüística, o nome Cais de Veludo me remete a coisas lusamente prazerosas, como o frio da noite e o quente do interior de uma biblioteca, algo assim. Mas cá estou, no Brasil e o que me circunda é um ar morno e úmido, um céu azul de brigadeiro e o cheiro da maresia.
Alguém gosta do Mochilão MTV? Eu gosto, e não é só por causa da Fernanda Lima...rs.
vendredi, février 14, 2003
My head is aching.
O calor deu uma trégua, o horário de verão termina amanhã, mais trégua ainda para o calor... N. está na cidade. Gosto dela, de conversar com ela, e de sentir seu semblante esperto e irônico. Talvez saiamos para beber alguma coisa, a pena de tudo é que não podemos ir a outro lugar, é sempre o mesmo bar, não por ausência de criatividade de nossa parte, mas isso são outros quinhentos. O que importa mesmo é passar momentos agradáveis, e creio que isso será possível hoje.
Hoje me inscrevi numa frente de trabalho, da prefeitura. Meu desespero é justificado. Quero ter recursos para o meu projeto, e não quero ouvir reclamações de mãe. Mas acho que não vou conseguir. Não tenho o perfil necessário, que é o de quem realmente precisa de um trabalho para sustentar a família, e tal. Perguntaram-me se era deficiente física. Aparentemente não. Se eu já estive presa. Só em princípios e conceitos ultrapassados, mas estou em liberdade condicional. Alguma reabilitação? Ainda não... ainda não consegui me reabilitar de nenhum dos meus vícios, considere-se leitura, escrita e paixão. Ou seja... como não tenho filhos a sustentar, aluguel a pagar, dão a oportunidade a quem realmente precisa. De qualquer maneira, se precisarem de mim, vão me mandar um telegrama... o bom é que eu nunca recebi um telegrama com má notícia, então o que vier é lucro.
Seguinte: dá sempre tempo de assinar. O Cápsula estréia nesse domingo, com ótimos textos. Propaganda é a alma do negócio, folks...
O calor deu uma trégua, o horário de verão termina amanhã, mais trégua ainda para o calor... N. está na cidade. Gosto dela, de conversar com ela, e de sentir seu semblante esperto e irônico. Talvez saiamos para beber alguma coisa, a pena de tudo é que não podemos ir a outro lugar, é sempre o mesmo bar, não por ausência de criatividade de nossa parte, mas isso são outros quinhentos. O que importa mesmo é passar momentos agradáveis, e creio que isso será possível hoje.
Hoje me inscrevi numa frente de trabalho, da prefeitura. Meu desespero é justificado. Quero ter recursos para o meu projeto, e não quero ouvir reclamações de mãe. Mas acho que não vou conseguir. Não tenho o perfil necessário, que é o de quem realmente precisa de um trabalho para sustentar a família, e tal. Perguntaram-me se era deficiente física. Aparentemente não. Se eu já estive presa. Só em princípios e conceitos ultrapassados, mas estou em liberdade condicional. Alguma reabilitação? Ainda não... ainda não consegui me reabilitar de nenhum dos meus vícios, considere-se leitura, escrita e paixão. Ou seja... como não tenho filhos a sustentar, aluguel a pagar, dão a oportunidade a quem realmente precisa. De qualquer maneira, se precisarem de mim, vão me mandar um telegrama... o bom é que eu nunca recebi um telegrama com má notícia, então o que vier é lucro.
Seguinte: dá sempre tempo de assinar. O Cápsula estréia nesse domingo, com ótimos textos. Propaganda é a alma do negócio, folks...
Estou ouvindo um monte de Karnak. "Comendo uva na chuva", agora. E me encrencando entre linhas, guias, tamanhos de fonte, caracteres necessários para preencher cinco páginas e que imagens colocar nelas. Meu projeto. Claro que quero que as melhores páginas, as mais bem planejadas, sejam aquelas em que estará a reportagem sobre Hemingway. Mas... está sendo a mais difícil, claro, justamente aquela em que não estou conseguindo me concentrar, tanto que estou aqui, escrevendo sobre nada específico.
Sonhei, sim, mas cada vez menos me lembro. Acho que houve Curitiba, houve viagens... não sei mais nada. No verão, me lembro menos do que sonho, e outros sonhos me acometem quando estou acordada. E cochilos, para mim, são sempre dotados de alguns segundos de suplício, em que acordo numa pseudo-consciência que não é de fato um despertar concreto. Estou falando sério. Isto está começando a me preocupar, sempre que cochilo é isto.
Olha, Alex, não sei o que faria se estivesse em Londres. Acho que além dos museus, minha vida noturna seria das melhores. Porque acho que ir a Londres e não ferver, mesmo quando se é caseira, é um puta desperdício. Acontece que minhas referências de Londres têm muito mais a ver com as lembranças de uma festa de aniversário minha, em que M.R. tomou um quarto do uísque Grant's do meu irmão, e ficou falando da estátua do Almirante Nelson, na Trafalgar Square, e contava seus feitos, além de ter achado um gancho para a Batalha de Alcácer-Quibir e o sumiço do Rei D. Sebastião. E como os Beatles são de Liverpool e os Smiths, de Manchester, eu não tenho mais muito o que pensar.
Sonhei, sim, mas cada vez menos me lembro. Acho que houve Curitiba, houve viagens... não sei mais nada. No verão, me lembro menos do que sonho, e outros sonhos me acometem quando estou acordada. E cochilos, para mim, são sempre dotados de alguns segundos de suplício, em que acordo numa pseudo-consciência que não é de fato um despertar concreto. Estou falando sério. Isto está começando a me preocupar, sempre que cochilo é isto.
Olha, Alex, não sei o que faria se estivesse em Londres. Acho que além dos museus, minha vida noturna seria das melhores. Porque acho que ir a Londres e não ferver, mesmo quando se é caseira, é um puta desperdício. Acontece que minhas referências de Londres têm muito mais a ver com as lembranças de uma festa de aniversário minha, em que M.R. tomou um quarto do uísque Grant's do meu irmão, e ficou falando da estátua do Almirante Nelson, na Trafalgar Square, e contava seus feitos, além de ter achado um gancho para a Batalha de Alcácer-Quibir e o sumiço do Rei D. Sebastião. E como os Beatles são de Liverpool e os Smiths, de Manchester, eu não tenho mais muito o que pensar.
jeudi, février 13, 2003
Ah... Nosso Sinhô, sinhô das água, das chuva, dus vento, dus á, dos verdi, das pranta, das gente, chuva nos dá...
não... não voltei a ser cristã, mas estou feliz por esse breve e forte temporal que São Pedro enviou depois de tanto protelar.
Now, "Música Urbana 2", com a Cássia Eller. Aliás, tem um clipe que passa na MTV, feito de vídeos caseiros de Cássia, acho que homenageando o Chicão, ou algo assim, que acho muito querido. Uma graça. Dá vontade de ser mãe. Acho que o verão me deixou assim, com a feminilidade mais aflorada que nunca, querendo ser mãe, amante, donzela, princesa, guerreira, bruxa e tudo o que puder ser. Mulher. Menina. Cássia Eller era masculina, abacate, etc, etc. Nunca achei isso. Sempre consegui ver uma feminilidade, embora selvática, primitiva, naquela mulher andrógina, algo que emanava dela sem que precisasse transparecer em roupas, cabelos ou atitudes. Ela jogava bola com o Chicão, cuspia pro lado no palco, coçava o saco, sei lá. Sim... mas tinha orgulho dos seus seios inchados de leite, pariu e experimentou esse doloroso e estranho prazer que é (deve ser) dar à luz. E dar à luz deve ser também emitir luz própria, e conseguir enxergar mais luz nas coisas, ao menos quando não constatamos que "a mão que afaga é da mãe que afoga", porque o instinto materno não é assim tão instintivo. Eu por exemplo, sempre odiei brincar de boneca e agora ando com vontade de ter um barrigão e de enjoar, de fazer um monte de xixi, pré-natal, não dormir direito, tudo isso em nome do único amor realmente incondicional. Mas passa...rs. Passa porque não posso, não quero, e nas minhas condições atuais, não devo, e se isso continuar, também continuarei a não poder.
E agora, "How Insensitive", com Astrud Gilberto.
Pensando, sabem em que? Não em que, mas em quem.
Noite passada, uma colega de blog, querida, viu a minha lista de "eu nunca" e recebeu uma foto minha que lhe mandei. Disse que a partir daquele momento, sentia a mim, mais humana e menos amendrontadora. Olha só. Fiquei meio perplexa, pois nunca me passou pela cabeça amedrontar alguém, nem me auto-mitificar, nem parecer o que não sou. Aqueles "eu nunca" são verdadeiros, assim como os "eu já". Eu nunca fiz muita coisa que daria a impressão de que sou vivida e intensa, e tudo mais, e já fiz outras que provam que eu sou só uma menina que tem muitas vontades, e consegue realizar algumas delas, e que comporta em si tanto a possibilidade de ser tudo como a tranqüilidade de apenas ser o que se é. O que me faz lembrar da letra de uma música muito fofa do Kleiton & Kledir (para os desconhecidos do pop gaúcho do começo dos anos 80, eles não são uma dupla caipira), "Estrela, estrela":
Estrela, estrela,
como ser assim?
Tão só, tão só, e nunca sofrer?
Brilhar, brilhar, quase sem querer
Deixar, deixar, ser o que se é.
Essa é uma das músicas de que mais gosto, e das letras também.
não... não voltei a ser cristã, mas estou feliz por esse breve e forte temporal que São Pedro enviou depois de tanto protelar.
Now, "Música Urbana 2", com a Cássia Eller. Aliás, tem um clipe que passa na MTV, feito de vídeos caseiros de Cássia, acho que homenageando o Chicão, ou algo assim, que acho muito querido. Uma graça. Dá vontade de ser mãe. Acho que o verão me deixou assim, com a feminilidade mais aflorada que nunca, querendo ser mãe, amante, donzela, princesa, guerreira, bruxa e tudo o que puder ser. Mulher. Menina. Cássia Eller era masculina, abacate, etc, etc. Nunca achei isso. Sempre consegui ver uma feminilidade, embora selvática, primitiva, naquela mulher andrógina, algo que emanava dela sem que precisasse transparecer em roupas, cabelos ou atitudes. Ela jogava bola com o Chicão, cuspia pro lado no palco, coçava o saco, sei lá. Sim... mas tinha orgulho dos seus seios inchados de leite, pariu e experimentou esse doloroso e estranho prazer que é (deve ser) dar à luz. E dar à luz deve ser também emitir luz própria, e conseguir enxergar mais luz nas coisas, ao menos quando não constatamos que "a mão que afaga é da mãe que afoga", porque o instinto materno não é assim tão instintivo. Eu por exemplo, sempre odiei brincar de boneca e agora ando com vontade de ter um barrigão e de enjoar, de fazer um monte de xixi, pré-natal, não dormir direito, tudo isso em nome do único amor realmente incondicional. Mas passa...rs. Passa porque não posso, não quero, e nas minhas condições atuais, não devo, e se isso continuar, também continuarei a não poder.
E agora, "How Insensitive", com Astrud Gilberto.
Pensando, sabem em que? Não em que, mas em quem.
Noite passada, uma colega de blog, querida, viu a minha lista de "eu nunca" e recebeu uma foto minha que lhe mandei. Disse que a partir daquele momento, sentia a mim, mais humana e menos amendrontadora. Olha só. Fiquei meio perplexa, pois nunca me passou pela cabeça amedrontar alguém, nem me auto-mitificar, nem parecer o que não sou. Aqueles "eu nunca" são verdadeiros, assim como os "eu já". Eu nunca fiz muita coisa que daria a impressão de que sou vivida e intensa, e tudo mais, e já fiz outras que provam que eu sou só uma menina que tem muitas vontades, e consegue realizar algumas delas, e que comporta em si tanto a possibilidade de ser tudo como a tranqüilidade de apenas ser o que se é. O que me faz lembrar da letra de uma música muito fofa do Kleiton & Kledir (para os desconhecidos do pop gaúcho do começo dos anos 80, eles não são uma dupla caipira), "Estrela, estrela":
Estrela, estrela,
como ser assim?
Tão só, tão só, e nunca sofrer?
Brilhar, brilhar, quase sem querer
Deixar, deixar, ser o que se é.
Essa é uma das músicas de que mais gosto, e das letras também.
mercredi, février 12, 2003
Sem sono, sem saber o que escrever, o que pensar, o que sentir, o que comer, o que ler... pela pura falta do que fazer, então...
faço minha lista de "eu nunca". Já que tem tanta coisa que eu não fiz. E que hei de fazer ou não.
Eu nunca corri risco de vida, que eu saiba
Eu nunca tomei uma champagne num terraço de café em Paris
Eu nunca morei com alguém com quem tinha um relacionamento amoroso
Eu nunca desisti de viver
Eu nunca quis parar de tentar ser feliz
Eu nunca achei certas coisas suficientes na minha vida, como amor
Eu nunca passei fome de verdade
Eu nunca quis magoar quem não merecia (mas, claro, já o fiz)
Eu nunca quebrei nenhum osso do meu corpo (nem do corpo de outrem, que fique claro)
Eu nunca acampei
Eu nunca dei crédito aos Estados Unidos, em matéria de seriedade política
Eu nunca votei em alguém sem ter bons motivos para isso
Eu nunca fiz sexo anal
Eu nunca fiquei com o olho roxo
Eu nunca fui à Bahia
Eu nunca dirigi um carro
Eu nunca pulei de bungee jump
Eu nunca voei de asa delta
Eu nunca mergulhei nem com snorkel
Eu nunca tive de tomar glicose no hospital
Eu nunca engoli... nevermind...rs.
Eu nunca larguei tudo por amor... ainda.
Eu nunca namorei por mais de cinco meses
Eu nunca... eu nunca deixei de ir dormir só para ficar escrevendo essas listas inúteis...rs.
Sorry. E beijos a todos.
faço minha lista de "eu nunca". Já que tem tanta coisa que eu não fiz. E que hei de fazer ou não.
Eu nunca corri risco de vida, que eu saiba
Eu nunca tomei uma champagne num terraço de café em Paris
Eu nunca morei com alguém com quem tinha um relacionamento amoroso
Eu nunca desisti de viver
Eu nunca quis parar de tentar ser feliz
Eu nunca achei certas coisas suficientes na minha vida, como amor
Eu nunca passei fome de verdade
Eu nunca quis magoar quem não merecia (mas, claro, já o fiz)
Eu nunca quebrei nenhum osso do meu corpo (nem do corpo de outrem, que fique claro)
Eu nunca acampei
Eu nunca dei crédito aos Estados Unidos, em matéria de seriedade política
Eu nunca votei em alguém sem ter bons motivos para isso
Eu nunca fiz sexo anal
Eu nunca fiquei com o olho roxo
Eu nunca fui à Bahia
Eu nunca dirigi um carro
Eu nunca pulei de bungee jump
Eu nunca voei de asa delta
Eu nunca mergulhei nem com snorkel
Eu nunca tive de tomar glicose no hospital
Eu nunca engoli... nevermind...rs.
Eu nunca larguei tudo por amor... ainda.
Eu nunca namorei por mais de cinco meses
Eu nunca... eu nunca deixei de ir dormir só para ficar escrevendo essas listas inúteis...rs.
Sorry. E beijos a todos.
mardi, février 11, 2003
Como diria minha amiga Vivi (sumida, mas isso não surtirá efeito. Ela não tem o hábito de ler meu blog), vamos aos termos corretos. Hoje estou me sentindo raivosa e determinada a ferir pelo prazer de ferir. Não é sempre que isso acontece, na verdade, o impulso é de sempre ferir a mim mesma de alguma maneira. Mas hoje não. Estou ofensiva, dentes afiados, unhas e ouvidos em alerta como um gato siamês maluco. Aliás... siameses sempre fazem parte da minha vida, de alguma forma.
Ella Fitzgerald no meu player, Hemingway em minha cabeça, tantos alguéns no meu coração, entre personalidades sutis, outras tanto quando poderia ser um elefante na tal loja de louças, outras ainda, silenciosas e portanto perigosas... e na minha cabeça há mais do que Hemingway, também, há a expectativa da estréia do Cápsula, há a retomada do meu projeto, há meus projetos mais visionários e talvez ilusórios, típicos de mim, mas sei que todo mundo achava Paris algo que um tanto ilusório na minha vida, e eu fui, então pronto.
Eu também sinto uma vontade muito líquida, de me deixar esvair, fluir... ando ficando fraca de vontade de amar. Martha Medeiros pra ilustrar:
se tocar James brown e eu estiver de vermelho
se for madrugada e você meio bêbado
se não for o Brooklin mas parecido
me chame de baby
me rasgue o vestido
Poesia Reunida, L&PM
E ouvindo "Zapping" da banda italiana Lunapop. Sonzinho legal, garanto.
Ella Fitzgerald no meu player, Hemingway em minha cabeça, tantos alguéns no meu coração, entre personalidades sutis, outras tanto quando poderia ser um elefante na tal loja de louças, outras ainda, silenciosas e portanto perigosas... e na minha cabeça há mais do que Hemingway, também, há a expectativa da estréia do Cápsula, há a retomada do meu projeto, há meus projetos mais visionários e talvez ilusórios, típicos de mim, mas sei que todo mundo achava Paris algo que um tanto ilusório na minha vida, e eu fui, então pronto.
Eu também sinto uma vontade muito líquida, de me deixar esvair, fluir... ando ficando fraca de vontade de amar. Martha Medeiros pra ilustrar:
se tocar James brown e eu estiver de vermelho
se for madrugada e você meio bêbado
se não for o Brooklin mas parecido
me chame de baby
me rasgue o vestido
Poesia Reunida, L&PM
E ouvindo "Zapping" da banda italiana Lunapop. Sonzinho legal, garanto.
lundi, février 10, 2003
dimanche, février 09, 2003
Hum! Voilà... o casamento de F.
Achei lindo. Logo eu, que como "n" pessoas, acha que o casamento é uma instituição falida, etc, etc... até chorei. Feliz demais por ela estar ali naquele altar, com um vestido branco absolutamente puro, brilhante, lindo. O noivo estava emocionado, coisa boa de se ver. Pareciam crianças, que quando fazem de conta que vivem a vida de gente grande, o fazem com muita emoção. A mãe dela estava entre feliz e arrasada, por "perder" a filha que mais ficou do lado dela...
A festa tbm foi bem legal. Ar condicionado no salão. A melhor coisa da noite...rs. Revi apenas duas amigas da época da escola. Paciência.. sabia que não veria mais que isso... mas foi legal. Eu tive que fingir que não mudei tanto, e se elas mudaram tanto quanto, eu, fingiram muito bem... :-) O engraçado é que uma delas perguntou: "e aí, quando vc vai pra Paris?"... e eu: "já fui, fofa!!!! :-) E voltei há muuuito tempo!" Será que alguém realmente achou que eu não conseguiria realizar meu sonho? A Fer realizou o dela. Casou numa cerimônia linda, cuja beleza e felicidade espero que se estenda anos afora.
Achei lindo. Logo eu, que como "n" pessoas, acha que o casamento é uma instituição falida, etc, etc... até chorei. Feliz demais por ela estar ali naquele altar, com um vestido branco absolutamente puro, brilhante, lindo. O noivo estava emocionado, coisa boa de se ver. Pareciam crianças, que quando fazem de conta que vivem a vida de gente grande, o fazem com muita emoção. A mãe dela estava entre feliz e arrasada, por "perder" a filha que mais ficou do lado dela...
A festa tbm foi bem legal. Ar condicionado no salão. A melhor coisa da noite...rs. Revi apenas duas amigas da época da escola. Paciência.. sabia que não veria mais que isso... mas foi legal. Eu tive que fingir que não mudei tanto, e se elas mudaram tanto quanto, eu, fingiram muito bem... :-) O engraçado é que uma delas perguntou: "e aí, quando vc vai pra Paris?"... e eu: "já fui, fofa!!!! :-) E voltei há muuuito tempo!" Será que alguém realmente achou que eu não conseguiria realizar meu sonho? A Fer realizou o dela. Casou numa cerimônia linda, cuja beleza e felicidade espero que se estenda anos afora.
samedi, février 08, 2003
100 Poetas Contra a Guerra [em português]
Os recentes acontecimentos em torno do Iraque têm mobilizado diversas pessoas ao redor do mundo contra a Guerra. Infelizmente, interesses econômicos, vaidades pessoais e desejos de poder mais uma vez estão sobrepujando a coerência, o bom senso e a paz. Sabemos que ao final de um conflito, centenas, milhares e, quem sabe, dezenas de milhares de pessoas inocentes irão morrer. O Iraque já se encontra debilitado. Cólera, tuberculose, doenças de pele e dos mais variados tipos graçam neste país devido às várias guerras anteriores e ao embargo da ONU. Sempre sofreram aqueles que nada a tem a ver com nada. É a linha de frente que morre. Acreditamos que aqueles que desejam uma outra persperctiva para o planeta, mais solidária e pacífica, devem lutar, cada qual da sua melhor forma, contra este conflito liderado pelos Estados Unidos. Há cerca de um mês, um poeta de Montreal chamado Todd Swift elaborou um chamado para poetas em língua inglesa em todo o mundo convocando para escreverem poemas contra a guerra no Iraque. O resultado foi avassalador - 400 poemas em menos de uma semana. Após uma seleção, os 400 se transformaram em um arquivo-texto chamado 100 poetas contra a guerra!
Motivados pela idéia estamos convocando todos os escritores em língua portuguesa para escreverem poemas contra este ato de insensatez. A campanha começa hoje, sábado dia 8 de fevereiro, e irá terminar no próximo sábado, dia 15. Contem para os amigos, espalhem pela internet e todos os cantos. Poetas lutando contra a morte, lutando contra a arrogância, escrevendo pela PAZ!
Mandem seus poemas para o e-mail hiperfocus@yahoo.com.br
Serão selecionados 100 poemas de todos os enviados para a publicação online de um arquivo-texto contendo este manifesto!
Os recentes acontecimentos em torno do Iraque têm mobilizado diversas pessoas ao redor do mundo contra a Guerra. Infelizmente, interesses econômicos, vaidades pessoais e desejos de poder mais uma vez estão sobrepujando a coerência, o bom senso e a paz. Sabemos que ao final de um conflito, centenas, milhares e, quem sabe, dezenas de milhares de pessoas inocentes irão morrer. O Iraque já se encontra debilitado. Cólera, tuberculose, doenças de pele e dos mais variados tipos graçam neste país devido às várias guerras anteriores e ao embargo da ONU. Sempre sofreram aqueles que nada a tem a ver com nada. É a linha de frente que morre. Acreditamos que aqueles que desejam uma outra persperctiva para o planeta, mais solidária e pacífica, devem lutar, cada qual da sua melhor forma, contra este conflito liderado pelos Estados Unidos. Há cerca de um mês, um poeta de Montreal chamado Todd Swift elaborou um chamado para poetas em língua inglesa em todo o mundo convocando para escreverem poemas contra a guerra no Iraque. O resultado foi avassalador - 400 poemas em menos de uma semana. Após uma seleção, os 400 se transformaram em um arquivo-texto chamado 100 poetas contra a guerra!
Motivados pela idéia estamos convocando todos os escritores em língua portuguesa para escreverem poemas contra este ato de insensatez. A campanha começa hoje, sábado dia 8 de fevereiro, e irá terminar no próximo sábado, dia 15. Contem para os amigos, espalhem pela internet e todos os cantos. Poetas lutando contra a morte, lutando contra a arrogância, escrevendo pela PAZ!
Mandem seus poemas para o e-mail hiperfocus@yahoo.com.br
Serão selecionados 100 poemas de todos os enviados para a publicação online de um arquivo-texto contendo este manifesto!
Outro flash madrugadeiro e calorento:
O Flávio, do Hiperfocus, está muitíssimo a fim (e com todo apoio de minha pessoa e de todo mundo, assim espero) de lançar aqui no Brasil a campanha "100 poetas contra a guerra [Brasil]", para poesias de língua portuguesa, estendendo a idéia original do canadense Todd Swift.
Quem quiser fazer sua contribuição e/ou saber mais a esse respeito (depois eu vou colocar um bannerzinho aí do lado), pode escrever para hiperfocus@yahoo.com.br.
Ah! ele está esperando os poemas de todo mundo. A "largada" é amanhã, e ele coletará os poemas até o dia 15 de fevereiro. Participem!
O Flávio, do Hiperfocus, está muitíssimo a fim (e com todo apoio de minha pessoa e de todo mundo, assim espero) de lançar aqui no Brasil a campanha "100 poetas contra a guerra [Brasil]", para poesias de língua portuguesa, estendendo a idéia original do canadense Todd Swift.
Quem quiser fazer sua contribuição e/ou saber mais a esse respeito (depois eu vou colocar um bannerzinho aí do lado), pode escrever para hiperfocus@yahoo.com.br.
Ah! ele está esperando os poemas de todo mundo. A "largada" é amanhã, e ele coletará os poemas até o dia 15 de fevereiro. Participem!
Sempre que está essa temperatura tailandesa, vietnamita, cambodjana por aqui, eu lembro da letra de Joana Francesa, do Chico Buarque... que eu vou tentar encontrar... um minutinho...
Tu ris, tu mens trop
Tu pleures, tu meurs trop
Tu as le tropique
Dans le sang et sur la peau
Geme de loucura e de torpor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda
Mata-me de rir
Fala-me de amor
Songes et mensonges
Sei de longe e sei de cor
Geme de prazer e de pavor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda
Vem molhar meu colo
Vou te consolar
Vem, mulato mole
Dançar dans mes bras
Vem, moleque me dizer
Onde é que está
Ton soleil, ta braise
Quem me enfeitiçou
O mar, marée, bateau
Tu as le parfum
De la cachaça e de suor
Geme de preguiça e de calor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda
Tu ris, tu mens trop
Tu pleures, tu meurs trop
Tu as le tropique
Dans le sang et sur la peau
Geme de loucura e de torpor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda
Mata-me de rir
Fala-me de amor
Songes et mensonges
Sei de longe e sei de cor
Geme de prazer e de pavor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda
Vem molhar meu colo
Vou te consolar
Vem, mulato mole
Dançar dans mes bras
Vem, moleque me dizer
Onde é que está
Ton soleil, ta braise
Quem me enfeitiçou
O mar, marée, bateau
Tu as le parfum
De la cachaça e de suor
Geme de preguiça e de calor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda
vendredi, février 07, 2003
21 e tantas - Tá um cheiro de chuva no ar, mas ainda não começaram as gotas. Tá um gosto de prazer na noite, mas a cerveja ainda não chegou, os telefonemas ainda não foram feitos, tudo aguarda o convite.
Meus sonhos impalpáveis andam meio abandonados, admito. Acabo me esquecendo do que sonhei antes mesmo de anotar. Mas, ao me lembrar vagamente de coisas que nunca poderia ter feito na real - como andar de patins, deduzo que foi então um sonho. Pois é, sonhei que estava andando de patins. O "estar andando" me remeteu ao episódio de hoje, do gênero "afronta à língua portuguesa". Acho bem empregado o nome de "síndrome do telemarketing" à maldita onda de gerundismo que assola as falas e até as escritas informativas de ultimamente. Hoje liguei para uma central de currículos onde sou cadastrada, e a atendente: "olha, eu mandei sua senha para o seu e-mail, se você não se lembrar". Eu: "tudo bem. Eu posso alterar os dados que estão lá, né"? Ela: "ah, sim, você pode estar acessando o seu cadastro para estar fazendo as alterações que você quiser". AAAAAAAAAAAAAAARRRRRGH! E nem ao buscar auxílio na hora da agonia, do calor, eu tive um alívio. No leque de papelão com que eu comecei a me abanar, o anúncio: "O balão de ar quente da MAPFRE - VERA CRUZ estará realizando vôos panorâmicos neste verão". Eu não mereço. Ninguém merece.
Mas para me dar prazer nessa noite em que a cerveja não veio, ou melhor, em que eu não fui até a ela, ouço Miles Davis e escrevo e escrevo. E bebo água.
Meus sonhos impalpáveis andam meio abandonados, admito. Acabo me esquecendo do que sonhei antes mesmo de anotar. Mas, ao me lembrar vagamente de coisas que nunca poderia ter feito na real - como andar de patins, deduzo que foi então um sonho. Pois é, sonhei que estava andando de patins. O "estar andando" me remeteu ao episódio de hoje, do gênero "afronta à língua portuguesa". Acho bem empregado o nome de "síndrome do telemarketing" à maldita onda de gerundismo que assola as falas e até as escritas informativas de ultimamente. Hoje liguei para uma central de currículos onde sou cadastrada, e a atendente: "olha, eu mandei sua senha para o seu e-mail, se você não se lembrar". Eu: "tudo bem. Eu posso alterar os dados que estão lá, né"? Ela: "ah, sim, você pode estar acessando o seu cadastro para estar fazendo as alterações que você quiser". AAAAAAAAAAAAAAARRRRRGH! E nem ao buscar auxílio na hora da agonia, do calor, eu tive um alívio. No leque de papelão com que eu comecei a me abanar, o anúncio: "O balão de ar quente da MAPFRE - VERA CRUZ estará realizando vôos panorâmicos neste verão". Eu não mereço. Ninguém merece.
Mas para me dar prazer nessa noite em que a cerveja não veio, ou melhor, em que eu não fui até a ela, ouço Miles Davis e escrevo e escrevo. E bebo água.
Eu e meus posts tardios e sonolentos. Andava trocando a noite pelo dia mas foi por um bom motivo. Estava aprendendo a mexer no template dessa geringonça...rs. Mas deu certo. Deu tão certo que fiz até um blog para o meu amicíssimo Alex, que nesse momento, está curtindo e estudando em Londres. Meu amigo de faculdade, que sempre é muito mais do que qualquer um pode esperar dele, pois ele é sempre surpreendente. Ele, por estar em Londres, eu por estar sem grana, não assistiremos à colação da nossa turma, e nem iremos ao baile. É uma tristeza inenarrável, pra mim. Mas enfim... todos se divertirão e eu tenho certeza de que será bom de qualquer jeito.
Que mais? Essa noite senti muita muita saudade do meu falecido pai. Derramei algumas lágrimas que não sei se estavam relutantes, ou se apenas não era o momento. Não sei. Mas saíram sem esforço e também sem dor. Apenas saudade, como tantas que derramei por tantas fontes de nostalgia. Ainda bem que pude receber um colinho providencial.
Casamento de F. no sábado. Dessa vez eu vou me jogar em cima do buquê. A louca...
Que mais? Essa noite senti muita muita saudade do meu falecido pai. Derramei algumas lágrimas que não sei se estavam relutantes, ou se apenas não era o momento. Não sei. Mas saíram sem esforço e também sem dor. Apenas saudade, como tantas que derramei por tantas fontes de nostalgia. Ainda bem que pude receber um colinho providencial.
Casamento de F. no sábado. Dessa vez eu vou me jogar em cima do buquê. A louca...
jeudi, février 06, 2003
mardi, février 04, 2003
Portishead:
It's only you
who can tell me apart
and it's only you
who can turn my wooden heart
Mamã voltou de SP, com suas constantes contradições. Cachola minha, que na verdade é uma caçarola com uma sopa fervente e grossa, chamada consciência. Nunca esfria, nunca fica rala, e é tomada a colheradas generosas, sem soprar antes, sem esfriar, queimando a língua e a deixando áspera. Consciência espessa que luta contra vícios emocionais e quase sempre engloba tudo e deixa a fervura curtir ainda mais tudo o que está lá dentro. Sopa amarga, essa.
It's only you
who can tell me apart
and it's only you
who can turn my wooden heart
Mamã voltou de SP, com suas constantes contradições. Cachola minha, que na verdade é uma caçarola com uma sopa fervente e grossa, chamada consciência. Nunca esfria, nunca fica rala, e é tomada a colheradas generosas, sem soprar antes, sem esfriar, queimando a língua e a deixando áspera. Consciência espessa que luta contra vícios emocionais e quase sempre engloba tudo e deixa a fervura curtir ainda mais tudo o que está lá dentro. Sopa amarga, essa.
Olha a hora tardia...
Tardia ou... cedo demais. Meu ponto de vista, infelizmente, é o de quem ainda não foi dormir. Minha gripe e minha voz melhoraram. Não estou muito segura, mas creio que na quarta eu poderei cantar, e quem tiver de me assistir, assistirá. Fiquei com vontade de não ir ao ensaio, mas valeu a pena pela massagem que a regente me fez nas costas, estava precisando.
E férias sempre acabam. Acabaram as de alguém que voltou pra me alegrar, apesar das complicações.
Que mais? Nem sei o que dizer, como quase sempre, já que aqui estou quase capotando. Ah! Tenho um casamento no sábado. O de F., minha amiga de escola, primeira delas, da minha panelinha do colegial, que se casa do jeito tradicional. O que prova que, ou estou ficando velha, ou solteirona. Talvez os dois? Nem tanto, pois é só em abril que vou ganhar meu primeiro pote de Renew, da Avon. Ulalá...
Tardia ou... cedo demais. Meu ponto de vista, infelizmente, é o de quem ainda não foi dormir. Minha gripe e minha voz melhoraram. Não estou muito segura, mas creio que na quarta eu poderei cantar, e quem tiver de me assistir, assistirá. Fiquei com vontade de não ir ao ensaio, mas valeu a pena pela massagem que a regente me fez nas costas, estava precisando.
E férias sempre acabam. Acabaram as de alguém que voltou pra me alegrar, apesar das complicações.
Que mais? Nem sei o que dizer, como quase sempre, já que aqui estou quase capotando. Ah! Tenho um casamento no sábado. O de F., minha amiga de escola, primeira delas, da minha panelinha do colegial, que se casa do jeito tradicional. O que prova que, ou estou ficando velha, ou solteirona. Talvez os dois? Nem tanto, pois é só em abril que vou ganhar meu primeiro pote de Renew, da Avon. Ulalá...
lundi, février 03, 2003
Só os sonhos, agora: estes me pareceram significativos. Sonhei com gente me acuando e expressando sua condição de vítima, enquanto eu, como sempre, com meu discurso conciliador. Nos sonhos, a gente percebe o quanto nosso próprio comportamento pode ser ridículo.
Mas também sonhei com meu pai, que estava em casa, vistoso e animado como ele era antes das pontes de safena, e nos trouxe caixas com coisas coloridas dentro: brinquedinhos, balões de festa, lantejoulas e afins. Sonhar com meu pai é experimentar uma intensa alegria que agora se equipara a de sonhar que estou grávida. Mesmo, até nos sonhos, sabendo que ele está morto. Na verdade, sempre me pergunto o que ele está fazendo ali, que não está longe e inacessível. Mas é sempre ele que nos acessa, não o contrário.
Estou gripada. Acho que não vou cantar na quarta. :-/
Mas também sonhei com meu pai, que estava em casa, vistoso e animado como ele era antes das pontes de safena, e nos trouxe caixas com coisas coloridas dentro: brinquedinhos, balões de festa, lantejoulas e afins. Sonhar com meu pai é experimentar uma intensa alegria que agora se equipara a de sonhar que estou grávida. Mesmo, até nos sonhos, sabendo que ele está morto. Na verdade, sempre me pergunto o que ele está fazendo ali, que não está longe e inacessível. Mas é sempre ele que nos acessa, não o contrário.
Estou gripada. Acho que não vou cantar na quarta. :-/
dimanche, février 02, 2003
Ah! Finalmente. Graças à ajuda do Flávio, que me apresentou esse programinha batata chamado W.Bloggar ("O W.BLOGGAR MUDOU A MINHA VIDA!!"), consegui finalmente realizar a sonhada façanha de montar o Sem Bússola aqui, sem arrancar os cabelos com o HTML... até aprendi umas coisinhas novas e úteis... ai, ai... já era hora, que eu me achava (e ainda acho) medíocre nesse negócio...
Bom, outra coisa que soube através de seu blog, o Hiperfocus, é sobre a campanha que o canadense Todd Swift começou contra a guerra. Ele conseguiu, em uma semana, juntar 400 poemas em língua inglesa, de poetas do mundo todo. O resultado foi esse. Quem quiser obter mais informações, clique aqui.
Bom, outra coisa que soube através de seu blog, o Hiperfocus, é sobre a campanha que o canadense Todd Swift começou contra a guerra. Ele conseguiu, em uma semana, juntar 400 poemas em língua inglesa, de poetas do mundo todo. O resultado foi esse. Quem quiser obter mais informações, clique aqui.
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